The Louvre and the Oriental Antiquities - Brief historical background and some works of art

The Louvre and the Oriental Antiquities

Brief historical background and some works of art

The East fascinates us in a very special way. Our imagination is lost by the sands to be lost sight of, by the vibrant lights and colors, by the fertile rivers that flood the lands and people. But also by works of art rich and worked, and sometimes inconceivable proportions!

Let us enter the magical world of the Orient by the Louvre Museum.

In this magnificent Collection we can find works belonging to the ancient civilizations, both the Middle East and the Near East.

Though very diverse and distant, the various civilizations here present some similarities, first and foremost in the language they used, such as Aramaic, Phoenician, Hebrew, and Arabic; but also by the environment in which they all flourished.

These civilizations thrived on the banks lapped by fertile rivers like the Nile in Egypt; the Indo and Ganges in India and the Tiber and Euphrates in the Middle East.

In these places human civilization changed its course and began to settle in fixed places, thus becoming sedentary, which allowed the cultivation of various plant species, as well as the domestication and creation of various animals.

Villages grew, evolved, and became more developed. The trade prospered and the villages changed. It was this combination of factors that allowed the birth of writing in Sumerian, around the year 3 300 BC.

The East turns out to be a mishmash of cultures, having drunk much of the Western world, from the Empire of Alexander the Great, but also from the expansion of the Roman Empire. The two cultures influenced each other, having grown up together.

This section of art of the Louvre was created in the year 1881, and it includes the following works:

First of all, the one that stands out in an unequaled way, the Androcephalus Alado Bull, who is a genial figure, who guarded the entrance of the palace. Its construction dates from 721-705 BC., Assyrian Empire, in the reign of Sargon II. All this room, surrounded by these magnificent winged figures, transports us to the east. They are huge and powerful, and their level of detail is fascinating.

Another work that stands out is the Code of Amurabi. For anyone familiar with the history of law, you will certainly recognize this name. It is the oldest known collection of laws and dates from 1792-1750 BC. It was discovered in Susa, Iran, and is originally from Mesopotamia, Iraq.

Another outstanding piece is the statue of Ebih-Il, who represents a high character of the kingdom of Mari. It originates in Northern Mesopotamia, Syria. In spite of its small size it is really special, especially for the details that compose it, for the depth of the eyes and for the serene way as his hands land on his lap. It is composed of alabaster, shell, pencil-lazuli and bitumen.

These are just a few of the pieces that make up this collection, which also includes several acephalous statues , because their antiquity did not allow them to arrive to the present day in perfect conditions; part of text boards, small pieces of ceramics and more.

It is worth wandering through the large rooms and marveling at this journey of time that brings us back to lands and times that time itself dissipated.

Below I put some photos I took of this collection.

PORTUGUESE

O Louvre e as Antiguidades Orientais

Breve enquadramento histórico e algumas obras

O Oriente fascina-nos de uma forma muito especial. O nosso imaginário perde-se pelas areias a perder de vista, pelas luzes e cores vibrantes, pelos férteis rios que inundam as terras e pelas pessoas. Mas também pelas obras de arte ricas e trabalhadas, e de proporções por vezes inconcebíveis!

Vamos lá entrar no mundo mágico do Oriente pelo Museu do Louvre.

Nesta magnífica Coleção podemos encontrar obras pertencentes às civilizações antigas, tanto do Oriente Próximo como do Oriente Médio.

Apesar de muito diversas e distantes, as várias civilizações aqui presentes possuem algumas semelhanças, desde logo pela linguagem que utilizavam, como o aramaico, o fenício, o hebraico e o árabe; mas também pelo meio em que todas floresceram.

Estas civilizações prosperaram nas margens banhadas pelos férteis rios como o Nilo, no Egipto; o Indo e Ganges na Índia e o Tibre e Eufrates no Oriente Próximo.

Nestes locais a civilização humana mudou o seu curso e passou a estabelecer-se em locais fixos, tornando-se assim sedentários, o que permitiu o cultivo de diversas espécies vegetais, e também a domesticação e criação de diversos animais.

As aldeias cresceram, evoluíram e tornaram-se mais desenvolvidas. O comércio prosperou e as aldeias transformaram-se. Foi esta conjugação de fatores que permitiu o nascimento da escrita na Suméria, cerca do ano 3 300 a.C..

O Oriente acaba por ser uma miscelânea de culturas, tendo bebido muito do mundo ocidental, desde logo pelo Império de Alexandre o Grande, mas também pela expansão do Império Romano. As duas culturas influenciaram-se mutuamente, tendo crescido em conjunto.

Esta secção de arte do Louvre foi criada no ano de 1881, e dela fazem parte as seguintes obras:

Desde logo aquele que se destaca de forma inigualável, o Touro Androcéfalo Alado, que se trata de uma figura genial, que guardava a entrada do palácio. A sua construção data de 721-705 a.C., Império Assírio, no reinado de Sargão II. Toda esta ala, rodeada destas magníficas figuras aladas transportam-nos para o oriente. São enormes e poderosas, e o seu nível de detalhe é fascinante.

Uma outra obra que impera destacar é o Código de Amurabi. Para quem está familiarizado com a história do Direito, certamente que reconhecerá este nome. Trata-se da mais antiga coletânea de leis conhecida e data de 1792-1750 a.C.. Foi descoberta em Susa, Irã, e é originária da Mesopotâmia, Iraque.

Outra peça que se destaca é a estátua de Ebih-Il, que representa um alto personagem do reino de Mari. É originária da Mesopotâmia do Norte, Síria. Apesar da sua pequena dimensão é realmente especial, sobretudo pelos detalhes que a compõem, pela profundidade dos olhos e pela forma serena como as suas mãos pousam no seu colo. É composta por alabastro, concha, lápis-lázuli e betume.   

Estas são apenas algumas das peças que compõem esta coleção, que inclui também diversas estátuas acéfalas, pois a sua antiguidade não permitiu que chegassem até aos dias de hoje em perfeitas condições; parte de tábuas de textos, pequenas peças de cerâmica entre outras mais.

Vale a pena divagar pelas amplas salas e maravilhar-se nesta viagem do tempo que nos remete para terras e tempos que o próprio tempo dissipou.

Em baixo coloco algumas fotos que tirei desta colecção.